13.10.06

E o meu corpo fingia que seguia por mim. Ele me acompanhava sem relutar, dizendo que sim e acenando a cabeça, minha cabeça, sem cessar. Mas ele de fato queria me ver de longe, iludida e inebriada sem perceber, sem sentir. Porque vontades se ocultavam, porque ele queria me dominar, me usar, meu corpo esperava calar-me, tomar-me.

Unir os corpos é deixar-se. Os corpos que pensem por nós....

Eu cedi. Deixei que ele guiasse, que me guiasse para o seu plano sem fim. Seu apetite carmim. Me entreguei... que me usasse, desfrutasse, entorpecesse. Deixar de pensar é privilégio de poucos.

Que os corpos pensem por nós!!!

9.10.06

Lar doce lar...


Barulhos estranhos no banheiro.... saudades!

Minha casa, com jabuticabeira, com cães, e irmãos e pais. Cheiro de família, de infância; cheiro doce de fermentação, vinho, ruas pequenas.

Como falar e ninguém entender? Como estar longe do que se é, estando dentro do que se foi? Criação, caminho, passado. Passado pra trás. Ultrapassado.

Quero mesmo é voltar pro novo, quero mesmo é me embrenhar nos fios longos dos cabelos de viçosa. Quero estar com quem sou eu, já fiquei muito com quem o criou!

Voltei... sem meias palavras e pulando...